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terça-feira, 30 de junho de 2015

São necessários 2,3 bilhões de dólares para enviar crianças a escolas em países em conflito, diz UNESCO

De acordo com novo relatório da organização, o valor é dez vezes maior que o montante que a educação recebe da ajuda humanitária nesse momento.
Um refugiado congolês em uma escola improvisada de emergência na República Centro-Africana. Foto: OCHA/Lauren Paletta
Um refugiado congolês em uma escola improvisada de emergência na República Centro-Africana. Foto: OCHA/Lauren Paletta
São necessários 2,3 bilhões de dólares para mandar para a escola as 34 milhões de crianças e adolescentes de países afetados por conflitos que atualmente não frequentam instituições de ensino, um montante 10 vezes maior que a educação recebe da ajuda humanitária nesse momento, revelou um novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) divulgado nesta segunda-feira (29).
De acordo com Aaron Benavot, diretor do relatório “Educação para Todos Relatório de Monitoramento Global”, para o ensino primário, são necessários 38 dólares a mais por criança em situações de conflito, e 113 dólares por adolescente no ensino secundário inferior. “A maioria de nós carrega o custo de uma criança em nosso bolso”, apontou Benavot.
“Os mais vulneráveis são os mais afetados: os mais pobres têm duas vezes mais probabilidade de estar fora da escola do que seus correspondentes de países pacíficos”, disse a UNESCO. “O documento mostra que 2,3 bilhões dólares são necessário para colocá-los na escola. – 10 vezes o valor que a educação está recebendo da ajuda humanitária agora”.
A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, disse que “a Declaração de Incheon aprovada [em maio no Fórum Mundial de Educação em Incheon, Coreia do Sul] por 160 países compromete-se a satisfazer as necessidades dessas populações, através de sistemas de educação inclusivos, mais resilientes e resistente e de uma resposta à crise que abranja as fases de emergência, recuperação e construção. A educação deve ser vista como parte da primeira resposta ao surgir a crise e uma parte integrante de qualquer estratégia de consolidação da paz”.
Fonte: ONU

 

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