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terça-feira, 14 de julho de 2015

Ato em São Paulo defende a democracia e mandato da presidenta Dilma

Membros do PT, do PCdoB, do PDT e PCO e de movimentos sociais e sindicais fizeram, na noite de hoje (14) um ato em defesa da democracia e do mandato da presidenta da República Dilma Rousseff.  Marcado para as 18h, o evento começou duas horas depois e só terminou por volta das 22h.
Ele ocorreu no Auditório da Uninove [Universidade Nove de Julho], em São Paulo. Organizado principalmente pelo Diretório Municipal do PT, o evento não teve a participação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, embora a vice-prefeita Nadia Campeão (PCdoB) estivesse presente. O auditório, com capacidade para 500 pessoas, estava lotado, com muitas pessoas em pé.
Entre as principais lideranças dos partidos, de sindicatos e movimentos sociais presentes, estavam o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São Paulo, Adi dos Santos Lima, o vereador e presidente do Diretório Municipal do PT, Paulo Fiorilo, o presidente estadual do PT, Emídio de Souza, os secretários municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, e de Relações Governamentais, Alexandre Padilha, e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, entre outros.
Paulo Fiorilo disse que o ato teve objetivo de reunir pessoas que defendem o Estado de Direito e entendem a importância da democracia. “Estamos dialogando com vários setores da sociedade que têm uma preocupação grande de defender o Estado de Direito da democracia”. Ele ressaltou que é preciso tomar cuidado, neste momento, com os discursos de ódio.
O Presidente da CUT de São Paulo, Adi dos Santos Lima, destacou durante o evento que a central sindical é “radicalmente pela democracia e contra qualquer tipo de golpe”. E disse que ato de hoje precisa repercutir no Brasil inteiro. “Se ficarmos trancados dentro de casa, não vamos perceber o valor da democracia. Queremos aprofundar a democracia e isso significa que todos os trabalhadores têm o direito de se organizar. Vamos lutar em defesa da democracia e da vida”.
Já o presidente municipal do PCdoB, Jamil Murad, ressaltou que a ideia de golpe não é de hoje, “de não aceitar o governo do povo e o resultado da eleição”. “Não é contra a Dilma, vem de longe. Essa democracia que temos hoje foi conquistada com muito sangue. Estamos unidos aqui porque o povo deu, para a companheira Dilma, a direção do Brasil”.
Em entrevista a jornalistas, o presidente nacional do PT explicou porque o ato não foi feito em um local aberto, mas em um recinto fechado. “É um movimento de acúmulo de forças e provavelmente vai haver manifestações fora de recintos fechados. Hoje é em um recinto fechado e é importante que se faça aqui”, disse Rui Falcão. Hoje também teve um ato na Câmara dos Deputados em defesa da Petrobras e da democracia e vamos acumulando nessa direção para mostrar a importância de não se agravar dificuldades econômicas potencializando uma crise política”, completou.
Rui Falcão não comentou sobre a reunião com a presidenta Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, da qual participou pouco antes do ato em São Paulo. E negou que o PMDB esteja articulando um golpe contra a presidenta. “O PMDB não está participando de nenhuma atitude golpista no país. Através do vice-presidente Michel Temer, o PMDB tem ajudado na governabilidade, é um elemento de estabilização também e faz parte da aliança de governo junto com outros partidos”, disse.
Segundo o presidente do PT, o partido está coeso e pretende se mobilizar nacionalmente para evitar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Temos que defender a democracia e o resultado do voto popular manifestado nas eleições no primeiro e segundo turnos e o Estado Democrático de Direito”.
O mesmo posicionamento manifestou o o presidente estadual do PT, Emídio de Souza.“Acho que os democratas precisam fazer atos, não só o PT. A sociedade organizada precisa reagir à tentativa de golpe que, claramente, alguns setores começam a articular”, disse. “A reação a isso não é só de quem está com a Dilma ou de quem é petista, mas de quem é democrata. O Brasil não pode mais conviver com esse tipo de saída”, acrescentou. Emídio comentou ainda o fato de o ato ter ocorrido em lugar fechado. “Fazer um ato fechado não quer dizer que não se vá para as ruas depois. Pode começar dessa forma e depois mudar”.

Agência Brasil
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

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