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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Crise marítima na Ásia: representante da ONU visita Mianmar para analisar situação dos rohingyas

O alto comissário assistente do ACNUR visitou o estado de Rakhine, onde a maioria da população é rohingya. Muitos são deslocados internos e estima-se que mais de um milhão não tenham cidadania definida.
Alto comissário assistente para a proteção Volker Türk fala com uma mulher idosa em uma vila rohingya, no estado de Rakhine, Mianmar, em 12 de julho de 2015. Foto: ACNUR / K. Rochanakorn
Alto comissário assistente para a proteção Volker Türk fala com uma mulher idosa em uma vila rohingya, no estado de Rakhine, Mianmar, em 12 de julho de 2015. Foto: ACNUR / K. Rochanakorn
Em uma missão de cinco dias em Mianmar, Volker Türk, alto comissário assistente para a proteção da agência da ONU para os refugiados pediu nesta terça-feira (21) mais apoio para resolver a situação das pessoas deslocadas e daqueles com cidadania indeterminada no país.
O estado de Rakhine, uma das áreas menos desenvolvidas do país. É lar de pessoas deslocadas internamente que se somam a outro um milhão de outras cuja cidadania é indeterminada. Vivendo em municípios do norte do estado, as populações predominantemente rohingya são afetada por restrições à liberdade de movimento e acesso a meios de subsistência e serviços, como saúde e educação. Sem esperanças, muitas cruzaram o Golfo de Bengala e Mar do Andamão para obter melhores oportunidades nos países vizinhos.
VIAJANDOpara uma pequena aldeia a uma hora de carro de Maungdaw, Türk disse que tinha visto em primeira mão o impacto das restrições à população rohingya e os danos causados pela falta de cidadania. Eles são impedidos por “ordens locais” de se mover facilmente de uma aldeia para outra, limitando severamente a sua subsistência. Também são privados de oportunidades de ensino superior. Desde junho de 2012, estudantes rohingyas foram proibidos de cursar a Universidade de Sittwe – a única universidade no estado.
Türk falou diretamente com as populações afetadas no estado de Rakhine, onde 140 mil pessoas ainda estão deslocadas internamente após a eclosão da violência entre comunidades, há três anos. Ao final de sua visita, o alto comissário assistente compartilhou sua experiência com diplomatas e organizações internacionais em Yangon, principal cidade de Mianmar. Para ele, o fim do intenso movimento marítimo de migrantes se encontra na promoção de coexistência pacífica de comunidades e autoridades no estado de Rakhine.
Fonte: ONU

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