“A decisão do tribunal mostra que não importa o tempo que passou, os autores de crimes mais graves da humanidade serão responsabilizados por suas ações”, disse Zainab Bangura.
Segundo a ONU, o conflito que durou de 1992 a 1995 deixou mais de 20 mil vítimas de crimes de violência sexual. Foto: ONU
A representante especial do secretário-geral da ONU para a violência sexual em Conflitos saudou nesta segunda-feira (29) a decisão de um tribunal da Bósnia-Herzegóvina de garantir a condenação para os que cometeram violência sexual em tempo de guerra e a indenização para suas vítimas, de acordo com as Nações Unidas.
A decisão sobre os crimes cometidos no chamado caso Kotor Varoš – que remonta o conflito nos Balcãs no início dos anos 1990 – foi saudada pelo gabinete de Zainab Bangura que chamou a decisão de “um forte sinal de que não haverá nenhum santuário para os autores de violência sexual em conflito”.
“Muitas mulheres em toda a antiga Iugoslávia ainda estão esperando por justiça, enquanto os perpetradores de violência sexual relacionada a conflitos caminham livres”, disse o comunicado de imprensa. “No entanto, a decisão do tribunal mostra que não importa o tempo que passou, os autores de crimes mais graves da humanidade serão responsabilizados por suas ações”.
Segundo Bangura, a decisão do tribunal também demonstra a importância da assistência jurídica e da reparação para sobreviventes de violência sexual em conflitos que, acrescentou, deve ser “imediata, adequada e eficaz”. Segundo a ONU, o conflito que durou de 1992 a 1995 deixou mais de 20 mil vítimas de crimes de violência sexual.
Fonte: ONU
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