Fiz faculdade de direito e depois trabalhei durante 23 anos na COAD, uma das maiores empresas de atualização profissional nas áreas juríca, contábil e administrativa. Durante minha vida de labor aprendi a respeitar e valorizar nas relações de direito o contrato, instrumento fundamental para a garantia das obrigações.
Comecei a participar de algumas reuniões políticas, com diversos partidos, seus presidentes e também candidatos. Cada reunião, novos acordos. Cada acordo por ironia, rescindia acordo anterior, porém as partes dos contratos verbais eram diferentes. Os acordos entre políticos são por tempo indeterminado, até o momento que uma circunstância possa oferecer mais vantagens que o acordo anterior. Os políticos criaram uma nova regra, O DIREITO DE SE DAR BEM, ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA, pois como não há contrato, não há instrumento probatório do acordo realizado. Escutamos então as frases, "não foi bem assim", "você me entendeu mal", "eu não quis dizer isso", "o que vale são os números" e outras inúmeras colocações, cada uma com seu particular.
Os partidos políticos são criados para garantir a democracia, isto está na lei, são mais de 200 milhões por ano que saem dos cofres públicos, é isso mesmo, a união distribui esse dinheiro para todos os partidos brasileiros.
Puxa vida, que decepção, eu estava levando a política a sério, vocês acreditam nisso? Ingenuidade da minha parte?
As coligações políticas são verdadeiras formações de quadrilha. O governo do povo é esquartejado como boi, em dia de farra. Cada um leva um pedaço para comer depois. Existem as secretarias de primeira ( obras, saúde, meio ambiente) e as carnes de segunda (esporte, agricultura, direitos humanos). Cada partido leva sua carne para comer em casa e o povo ? Fica com fome.
Sou pré-candidato a vereador na cidade de Maricá. Que decepção. Caso persista neste caminho, serei resistente a corrupção, a crueldade com as crianças, ao abandono dos idosos, ao desleixo da educação e ao esquecimento dos deficientes físicos.
Aos corruptos e aprendizes de colarinho branco, que se afoguem em dinheiro público e se entalem com suas próprias armadilhas.
Sou uma pessoa do bem e continuarei exercendo o meu direito de viver amando o próximo, princípio fundamental do direito político divino.
Existem políticos honestos sim. Eu acredito nisso. Políticos que honram as suas palavras acima de tudo. Político de palavra tem o meu respeito e do povo também. O político sem palavra é aquele que QUER SE DAR BEM, ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA.
Sergio Couto
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