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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Relatório da ONU revela violações generalizadas no Iraque cometidas por todas as partes do conflito

Documento conjunto do ACNUDH e da UNAMI apontam violações dedireitos humanos cometidas contra civis tanto pelo grupo extremista ISIL como pelas forças do governo iraquiano.
Crianças no acampamento de Khanke, perto da cidade de Dohuk, Iraque, que abriga principalmente yázidis que fogem do ISIL. Foto: UNAMI
Crianças no acampamento de Khanke, perto da cidade de Dohuk, Iraque, que abriga principalmente yázidis que fogem do ISIL. Foto: UNAMI
conflito em curso no Iraque continua a produzir um “terrível” número de mortes de civis no país, em particular nas áreas ainda sob controle do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL), de acordo com um novo relatório feito em conjunto pelo Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas (ACNUDH) e pela Missão de Assistência da ONU para o Iraque (UNAMI) lançado nesta segunda-feira (13).
O relatório observa que a situação que enfrentam os civis em território controlado pelo ISIL continua dramática, com o assassinato de muitos daqueles identificados como seguidores de outra ideologia, muitas vezes em “espetáculos públicos sombrios”. Além disso, ele também documenta violações cometidas pelas forças de segurança iraquianas e das forças coligadas, incluindo ataques aéreos e bombardeios indiscriminados.
Em um dos casos destacados pelo documento da ONU e com base em entrevistas detalhadas com 12 sobreviventes, 1,7 mil cadetes iraquianos foram mortos por soldados do ISIL, em um massacre no início de junho de 2014, na base militar conhecida como Acampamento Speicher.
“A magnitude e a brutalidade do massacre de Speicher foi fora do normal”, declarou o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein no comunicado de imprensa. “É importante reconhecer o sofrimento dos sobreviventes e as famílias das vítimas e sua coragem em se recusar a deixar de lado a questão do que aconteceu.”
Além disso, membros de comunidades étnicas e religiosas, por exemplo, continuam a ser perseguidos com até 3,5 mil membros da comunidade yazidi permanecendo sob o cativeiro do ISIL, enfrentando violência física e sexual duradoura. O relatório aponta ainda que outros estão aparentemente sendo perseguidos com base na sua orientação sexual.
Fonte: ONU

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