O site WikiLeaks divulgou, neste sábado (4/7), uma lista com 29 números de telefones de autoridades e assessores do governo brasileiro que teriam sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês). Segundo informações da Agência Brasil, a relação está classificada como ultrassecreta e contém os contatos de integrantes do alto escalão do governo, além de números da sala da presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, e do avião dela.
Segundo o site, pessoas próximas a Dilma, como secretários e assessores, também foram espionadas. A lista inclui o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que, na época das interceptações telefônicas, era secretário executivo do Ministério da Fazenda; o ex-chefe da Casa Civil de Dilma, Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda no governo Luiz Inácio Lula da Silva; e Luiz Awazu Pereira da Silva, ex-diretor do Banco Central.
Na lista, também aparece o nome do ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil Luiz Alberto Figueiredo, que ocupou o cargo entre 2013 e o início deste ano. Figueiredo é hoje o embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Também teriam sido espionadas as embaixadas brasileiras na França, na Alemanha, na União Europeia, na Suíça e nos Estados Unidos, assim como o general José Elito Carvalho Siqueira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
O editor-chefe do site, Julian Assange, afirmou que “a divulgação mostra que os Estados Unidos terão que percorrer um longo caminho para provar que sua vigilância contra governos aliados acabou".
A espionagem americana veio à público em 2013, com as denúncias de Edward Snowden, ex-consultor de informática da agência. A questão gerou desconforto entre os países e fez com que Dilma adiasse uma visita aos Estados Unidos. A divulgação da nova lista foi feita logo após a viagem da presidente aos EUA. O Planalto ainda não comentou a nova denúncia.
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