A defesa da família do argentino já declarou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça por acreditar que a pena é branda e não condiz com a gravidade do ocorrido.
“El Topo” morreu no dia 9 de julho de 2014, em Guarulhos, horas antes de a Argentina vencer a Holanda na semifinal do Mundial. O jornalista foi atingido no táxi que estava pelo carro conduzido por Fonseca e Cavalcante, que fugiam da Polícia Militar após terem roubado o veículo. A família diz que aguardava a decisão de primeira instância do caso e alguns documentos para iniciar um processo contra o estado de São Paulo pela imprudência e negligencia dos policiais, que teriam provocado a batida de carro que resultou na morte do argentino.
“É uma covardia o Estado dizer que não pode se responsabilizar pelo ato de terceiros. Foi uma perseguição desmedida, feita sem nenhum tipo de precaução, e isso resultou na morte de Jorge. Ao realizar a Copa do Mundo, o mínimo que se esperava do Estado era que proporcionasse segurança para quem viesse participar do evento”, afirma Carlo Frederico Müller, advogado que representa a família do jornalista argentino e sócio do Müller e Müller Advogados.
Sujeito aos riscos
Outro ponto lastimado por Müller é a condenação por homicídio culposo — a escolha de indiciar por esse crime já havia sido tomada quando a defesa entrou no caso. “Não conseguimos entender como o Ministério Público não viu dolo na situação. Dois sujeitos que roubam um carro e saem em perseguição em alta velocidade é claro que estão se sujeitando ao risco de praticar um homicídio. Infelizmente, não temos o que fazer nesse sentido”, explica o advogado.
Outro ponto lastimado por Müller é a condenação por homicídio culposo — a escolha de indiciar por esse crime já havia sido tomada quando a defesa entrou no caso. “Não conseguimos entender como o Ministério Público não viu dolo na situação. Dois sujeitos que roubam um carro e saem em perseguição em alta velocidade é claro que estão se sujeitando ao risco de praticar um homicídio. Infelizmente, não temos o que fazer nesse sentido”, explica o advogado.
A defesa de “El Topo” também avalia a possibilidade de processar a Fifa, mas Müller diz que ainda está estudando a jurisprudência existente para saber se é possível responsabilizar a instituição pelo ocorrido.
Fonte: Conjur - Por Fernando Martines
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